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Um conto do autor JARLILSON RICARDO DE OLIVEIRA LIMA SILVA: Aventura nostálgica de uma noite no Recife antigo, à espreita dos fantasmas dos carnavais passados.

Aventura nostálgica de uma noite no Recife antigo, à espreita dos fantasmas dos carnavais passados. 


COPYRIGHT © BY JARLILSON RICARDO

Informações sobre este conto do autor Jarlilson ricardo de Oliveira Lima Silva:

Um conto escrito pelo autor JARLILSON RICARDO DE OLIVEIRA LIMA SILVA, no ano de 1998.

Mais informações sobre este conto:

O primeiro título deste conto era: “Figuras vivas que também fizeram parte e que também contam o Recife Antigo”; recentemente, o autor mudou para o título atual.
Este conto foi baseado em muitos fatos reais e também acrescentados a ele, pitadas de fantasia. O autor realmente se aventurou numa noite no Recife Antigo, em plena semana pré-carnavalesca do ano 1998, e alguns personagens e fatos narrados neste conto realmente aconteceram na vida real. Alguns dos fatos tiveram como fonte de citação para o autor, as saudosas histórias que ele escutava fascinado, contadas a ele pelo seu já falecido avô JOSÉ GOMES; além de um enigmático personagem “surpresa” que aparece neste conto (e que realmente é uma figura real que o autor conheceu; como este conto foi escrito e também se passou no ano de 1998, o autor JARLISON RICARDO não tem conhecimento se esta pessoa ainda vive ou se já é falecida) e que os fatos narrados por esta figura enigmática que o autor conheceu de verdade serviram também como fonte de alguns dos fatos narrados ("alguns" destes fatos informados por esta figura enigmática foram posteriormente pesquisados pelo autor e confirmados a existência e veracidade destes fatos). O autor tem como testemunhas que estavam ao seu lado nesta sua nostálgica aventura, dois de seus primos, C. A. e F. M.
Preparem-se para embarcar nesta aventura que mistura presente, passado e o futuro de um promissor carnaval que se passou posteriormente naquele referido ano de 1998.
O autor dedica especialmente este conto ao seu avô JOSÉ GOMES (in memorian), e a todas as pessoas que fizeram parte deste fascinante passado da história recifense. Enfim... A atualidade e a nostalgia dos bons e velhos tempos de um passado glorioso da cidade do Recife se entrelaçam neste conto, com o mundo de fantasia, o sobrenatural e o mistério que sempre emana e que "alguns" transeuntes também podem captar, em muitas das enigmáticas noites pelos antigos becos e ruas do fascinante e atualmente, de forma incrível, sofisticadíssimo e tecnológico bairro do Recife Antigo.
Divirtam-se na leitura do conto e... Ótima leitura! 

VAMOS AO CONTO:

Aventura nostálgica de uma noite no Recife antigo, à espreita dos fantasmas dos carnavais passados. (Por JARLISON RICARDO (BIOJARLA)) 


Parte 1

Evocação da folia e dos espíritos dos carnavais passados

Passos apressados... Mas, sem nenhum motivo de compromisso, emprego ou de risco de vida; enfim... Nada crucial para isto, a não ser por motivo de um encontro com a diversão. Passos apressados ao encontro da grandiosa folia do carnaval pernambucano. E era assim que andávamos, após atravessar e admirar uma das belas e antigas pontes da Veneza pernambucana, já pela parte histórica do centro do Recife, onde se encontram antigos casarões reformados que funcionam como variadas opções de lazer nas noites recifenses, em plena semana pré-carnavalesca, eu e mais dois primos, como bons foliões pernambucanos e o espírito do carnaval estampado em nossos corpos, à procura de alguma animação carnavalesca; mais precisamente, falando numa boa gíria verde amarela... Estávamos a fim do frevo. Já fazia um bom tempo que estávamos a tal procura. Andamos por uma imensa rua onde encontramos diversos ritmos: MPB, rock, forró, coco; inclusive alguns destes ritmos muito bem tocados ao vivo. Paramos em um das dezenas de bares espalhados nesta localidade, onde de um rádio mal sintonizado parecia soar alguns acordes de frevo. Começamos a curtir, batendo um bom papo regado a petiscos e boas cervejas bem geladas. Nós queríamos apreciar um bom frevo tocado ao vivo e um dos meus primos, lamentando a ausência deste fato no local naquele momento, visto que ele passou alguns carnavais fora de Pernambuco nos últimos anos e estava com aquela saudade de escutar um bom frevo tocado ao vivo por uma orquestra, entristecido opinou para que nós três regressássemos. Decidimos em unanimidade quanto ao regresso; o que aconteceu alguns minutos depois.
Já no nosso rumo de volta, sentimos estranhamente o ar esfriar bruscamente, e parecemos escutar vindos de alguns becos mal iluminados, paralelos a esta rua na qual andávamos conversando descontraidamente a passos agora não tão largos e nem tão mais ansiosos momentaneamente, bem humoradas gargalhadas enigmáticas de homens e de mulheres. Algumas destas alegres gargalhadas hora pareciam estarem mais próximas; hora estas mesmas gargalhadas pareciam de forma brusca e anormal estarem bastante distantes, e em segundos voltando novamente a serem escutadas nas proximidades do nosso trio.
— Você escutou isto?!... — sussurrou para mim um de meus primos.
— Deve ser algum grupo de mendigos bêbados foliões ganhando restos de cervejas de algum dono de bar deste beco aí — disse meu outro primo, apontando para a entrada que vai dar no tal beco que aquela hora já estava totalmente escuro e deserto.
— Cara... Sei não viu... — disse eu.
E ainda complementei:
— Isto me parece sinistro...
— Porra meu!... Não tem ninguém ali cara!
— Vamos andar mais rápido novamente — sugeri ao nosso pequeno grupo.
Estava começando naquele momento mais uma madrugada recifense, no bairro do Recife antigo. Ruas aquela hora ficando cada vez mais desertas... Só naquele momento a fortalecedora e constante companhia da beleza que teima em permanecer acalentando o glorioso bairro, enfeitiçava, encorajava e alegrava as mentes e os olhos dos raros grupos de transeuntes que passavam pelo Recife antigo naquele momento, incluindo o nosso trio, que andava apressadamente pela Rua da Moeda.
Que bela madrugada surgia naquele momento no bairro do Recife antigo... O nosso trio parecia estar em êxtase andando pelas antigas e gloriosas ruas de inúmeras histórias do passado pernambucano. Difícil descrever tanta mesclagem de sentimentos saudosos que vagueavam naquele momento as nossas mentes e, sem dúvidas, também a mente de qualquer bom cidadão recifense que estivesse ali aquela hora da madrugada, cercado por toda aquela beleza e fascinantes luzes do antigo bairro, estranhamente aquela hora totalmente contrastando com o grande e comum barulho que sempre se faz presente à luz do dia na localidade e, naquele momento, às trevas da noite, envolvido por um inacreditável silêncio; paradoxalmente, um silêncio que gritava e gargalhava de tantas alegrias de um passado de glória do antigo bairro; contagiantes e inacreditáveis gritos e gargalhadas sobrenaturais. Bairro verdadeiramente também, em alguns pontos, agora maltratado pela crueldade do descaso social e político, pelos vingativos injustiçados e pela famigerada ganância humana.
Belíssima madrugada... E na situação em que o nosso trio se encontrava alguns momentos depois, numa imensa rua reta e totalmente deserta, com uma vista ao longe mostrando uma das muitas pontes históricas da cidade, o silêncio inesperadamente pareceu dormir de vez para o nosso trio...
— Vocês estão escutando isto novamente?!... 
— Olha só isto cara!... Clarins!... Que belos sons longínquos de clarins! — um dos meus primos gritou espantado e parecendo não acreditar no que escutava.
O nosso trio parou no meio da escura rua naquele momento. 
— Meu irmão... Isto só pode ser real velho... — complementei de olhos arregalados e girando o meu corpo por todo o meu redor, com os meus ouvidos atentos tentando descobrir de onde vinha o maravilhoso e inesperado som musical. 
— Ei caras! Ei!... — nos chama o meu outro primo.
— Olha... O som parece estar vindo lá da frente.
— Lá bem adiante de nós.
— Parece estar vindo de alguma outra rua lá bem distante na frente... Possivelmente dobrando-se a esquina de alguma rua lá na frente — complementou ele.
De repente, sons longínquos de uma belíssima canção orquestrada pairava no ar. Sons de orquestra e de saudosos clarins nos convidando a dançar. Parecia ser real demais para ser algo sobrenatural. Um som longínquo, mas, bastante real e nítido para logo descobrirmos que se tratava de um maravilhoso frevo canção. 
Distante a nossa frente, bem adiante da grande e escura rua onde estávamos parados naquele momento e escutando o misterioso, mas, maravilhoso som de um belíssimo frevo canção, entre o final desta rua e logo após, a antiga ponte que podia ser vista por nós três, começamos a observar vagas almas penadas correndo, atravessando a rua e dançando, todas logo dobrando a esquina rumo à esquerda, e de onde parecia estar vindo a música. Parecíamos ter viajado de volta ao passado, aos carnavais saudosos.
Correria... 
— Vamos caras! Rápido!
— Vamos ver que danado é aquilo!
— Toda aquela movimentação! — gritei já em correria para os meus dois primos, que prontamente iniciaram também uma ansiosíssima corrida rumo aos misteriosos vultos velozes e dançantes bem distante a nossa frente.
Fomos numa correria ansiosa ao encontro da misteriosa música. 
Já próximo à esquina, e de onde do outro lado parecia estar vindo o som do belíssimo frevo canção, inesperadamente um dos meus primos para bruscamente bem na entrada de um beco escuro à esquerda.
— Por que você parou?! 
— Vamos cara! Vem logo!
— Olha ali... Já dá para ver!
— São pessoas fantasiadas!
— Pierrots, arlequins e colombinas — disse eu, próximo ao outro primo também parado junto a mim, ambos observando este meu segundo primo parado bem na entrada do beco, com o olhar fixo para dentro do beco e estranhamente surpreso com algo. 
— Ei cara! Onde você vai?!...
— Você está louco?!... Não me diga que você vai entrar aí neste beco escuro?! — gritei para este meu primo que estava parado na entrada do beco escuro, logo ao observá-lo se deslocando de forma assustada e vagarosamente na direção deste beco, com o olhar fixo para dentro dele, parecendo estar sinistramente enfeitiçado com algo enigmático.
— Ela tá me chamando. Olha aquilo cara... 
— Que mulher linda... Está fantasiada de colombina.
— Espera um pouco aí vocês — falou calmamente ele olhando para nós e,  logo em seguida, assustando-se inesperadamente, fazendo também eu e o meu outro primo nos assustar com o seu próprio espanto, logo ao olhar novamente para dentro deste escuro beco, parar bruscamente num grande choque, e dar um alto berro de assombro:
— Puta que paril cara! — nós três iniciamos neste momento uma veloz correria assustada, antes mesmo deste meu primo concluir sua fala a respeito do provável terror que ele tinha avistado.
— Corram! — continuava ele gritando.
— A linda mulher sumiu num piscar de olhos e agora está tudo escuro lá!
— Tinha uma forte luz acesa junto a ela!...
— Eu te falei que por aqui neste bairro, a esta hora da madrugada, aparecem muitas almas penadas!
— Inclusive nós três! — expliquei aos gritos, com uma verdadeira e irresistível piada espontânea no final; logo surgindo as nossas fortes e boas gargalhadas em correria.
Susto e descontração... Verdadeiramente era o que nós  três sentíamos estranhamente naquele momento. E uma nova surpresa...
Um novo susto!... 
Logo ao chegarmos às imediações da esquina, observamos minuciosamente os vultos velozmente passantes... Vultos numerosos, e todos correndo em direção ao misterioso, mas, maravilhoso som de frevo canção. O número de vultos velozes aumentou muito e bruscamente, o que nos assustou. Correrias saudosistas... Não paravam de surgir na esquina, atravessando a rua em direção à esquerda, dezenas de pessoas frenéticas.
— Caracas!... Olhem isto!...
— São pessoas reais!
— A esta hora da madrugada!
— Quantas pessoas fantasiadas!... — disse um dos meus primos abismado e estático; o mesmo modo em que também se encontrávamos eu e o meu outro primo também parado ao meu lado, só que ele estava boquiaberto e com os olhos arregalados.
Pessoas correndo e ao mesmo tempo dançando, pulando e gritando de alegria carnavalesca. Passavam velozmente bem a nossa frente. Muitas delas estavam fantasiadas. Pessoas com uma alegria descomunal, dançando... Cantarolando...
— Olinda! Quero cantar!... — gritava com uma bela voz feminina e alegremente uma mulher fantasiada de bailarina.
— Está chegando a hora de o galo frevar! — afirmava carnavalescamente um dos muitos piratas mascarados; entre outros tantas saudações carnavalescas e trechos de maravilhosos frevos que emanavam da estranha multidão carnavalesca em correria.
Que surpresa bela... Quem diria... Nosso trio premiado com um presente do próprio espírito do carnaval pernambucano... Logo ao chegarmos à esquina e dobrarmos também à esquerda, e naquele exato momento também fazermos parte da frenética correria, todos rumando em direção ao misterioso, mas, belíssimo som de frevo canção. Parecíamos os três, assim também como as demais pessoas, estarem hipnotizados com o fantástico e misterioso frevo canção de procedência ainda desconhecida.
— Você viu isto?! — perguntou gritando ao meu lado e ao mesmo tempo também correndo, um dos meus primos.
— Viu o quê?! — o perguntei em dúvida, acompanhado do olhar atento e assustado do meu outro primo que não dava um piu e também corria ao meu lado esquerdo.
— Um casal de pierrot e colombina que também estavam correndo ali!... — explicava ele já ficando cansado com a correria, já perdendo o fôlego, mas, logo iniciando a explicação novamente...
— Mais adiante a nossa frente!...
— Acabaram de sumir agorinha diante de meus olhos cara!
— Pode acreditar meu velho! — hoje eu analiso e digo que estranhamente, nenhum de nós três, a partir daquele momento, não comentamos mais naquela madrugada recifense que só estava começando, sobre estas coisas sobrenaturais ocorridas naquela noite no bairro do Recife antigo.
Os três na multidão em correria... Fomos ao encontro da misteriosa música. O som do frevo canção cada vez mais ficava alto... Finalmente descobrimos o mistério da música. Chegamos na origem da fonte que parecia hipnoticamente nos trazer ao seu encontro... Ao encontro do belíssimo frevo canção que numa melodia belíssima e harmoniosa, fazia o bairro antigo respirar profundamente de nostalgia, com saudades de tempos gloriosos que não voltarão mais.
Almas penadas que na verdade eram foliões, como nós três também. Mas... Existiram as controvérsias... As controvérsias dos meus dois primos que afirmaram terem visto o invisível... Que afirmavam terem visto alguns dos espíritos dos saudosos carnavais passados. E realmente parecíamos todos verdadeiras almas penadas em correria. Naquele momento, todos rumando ao desejo de curtir um original e inigualável frevo pernambucano. E fomos presenteados... Alguns minutos em correria e logo demos de cara com músicos do Bloco da Saudade, um bloco carnavalesco muito prestigiado e fundado há um bom tempo atrás. Era a fantástica e inesperada fonte que melodiava de forma nostálgica, como um verdadeiro acalanto, o bairro do Recife antigo aquela hora da madrugada. 
Alguns bares abertos e pessoas inesperadamente chegando cada vez mais, vindas de todas as redondezas do bairro do Recife antigo. O nosso trio, sem mais nenhuma contestação, resolveu ficar ali mesmo, num barzinho disputadíssimo estranhamente aquela hora da madrugada, e começamos a dançar, paquerar e a curtir os mais belíssimos frevos canções, regados a bons papos e a gostosas cervejas bem geladas.
De uma coisa eu tenho certeza... As enigmáticas e alegres gargalhadas que nós três escutamos, e também os fatos provavelmente fantasmagóricos que meus dois primos vivenciaram, ou o que quer que fosse aquilo, tanto eu como os meus dois primos, achamos que só queriam nos trazer ao encontro do frevo... E ao encontro dos gloriosos e saudosos fantasmas dos antigos carnavais de pernambuco. Acho que era algo do bem.
E em meio a boas conversas, o nosso trio avistou do outro lado da rua, que estava bastante escuro devido às luzes de alguns postes nesta direção estarem queimadas, e que também não sabíamos de que direção precisa ele veio a partir dali, uma figura com uma flanela nas costas e de andar calmo, que se aproximava do bar em que estávamos. A figura enfim se aproximou da nossa mesa e pude observar um rosto negro maltratado pelo tempo, mas, que eu sentia emanar uma plena satisfação no seu olhar, e os seus pés indiciavam ter andado por este mundão desde décadas e décadas atrás. O senhor, com cordiais saudações ao nosso grupo, disse que vinha de mais um dos muitos dias de trabalho pelo qual já passou por esta vida, e, aquela hora, queria relaxar e pediu a nós que inteirássemos o seu "quartinho" de cachaça. 

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