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sábado, 20 de agosto de 2011

O MECANISMO DE ANTIKYTHERA (((ACREDITEM, ALTA TECNOLOGIA NA GRÉCIA ANTIGA))).

Joana BarrosAutora:
Joana Barros,
bolseira de pós-doutoramento e gestora de projectos na Associação Viver a Ciência

O Mecanismo de Antikythera - Alta-tecnologia na Grécia antiga



O mecanismo de bronze recuperado pelo mergulhador Elias Stadiatos em 1900, de um navio naufragado na costa da ilha Antikythera, ficou conhecido como o Mecanismo de Antikythera. Este achado acabaria por se revelar o objecto arqueológico da antiguidade mais sofisticado, até hoje encontrado.
O mecanismo, que passou mais de 2000 anos no fundo do mar, está muito incompleto e fragmentado tendo posto inúmeros obstáculos aos investigadores que tentam compreender o seu funcionamento. Apesar disso, a presença de vários discos no seu exterior desde cedo sugeriu que estávamos na presença de um computador astronómico. Mas, recentemente, a utilização de técnicas sofisticadas de radiografia permitiram obter imagens-chave do seu interior e consequentemente da sua função. A reconstrução virtual do mecanismo a partir destes novos dados foi publicada, a 30 de Novembro de 2006, na revista Nature por Mike Edmunds e os seus colegas.
Constituído internamente por uma engrenagem de pelo menos trinta rodas dentadas, com quinze a 223 dentes triangulares - muito semelhante ao interior de um relógio Suíço - o Mecanismo de Antikythera terá sido capaz de traduzir maravilhosamente o movimento dos astros. Com um calendário de 365 dias que tomava em consideração os anos bissextos, conseguia prever os eclipses solares e lunares; continha um directório estrelar, capaz de mostrar a localização das principais estrelas e constelações do Zodíaco e possivelmente dos cinco planetas conhecidos à data da sua construção. Esta última capacidade não pode ser comprovada porque, embora as inscrições no seu interior a atestem, as rodas dentadas correspondentes aos planetas nunca foram recuperadas. Um outro pormenor impressionante, só agora descoberto, é a sua habilidade de computar o movimento da lua que durante os séculos posteriores continuou a confundir os astrónomos. Aparentemente, a Lua parece movimentar-se no céu a diferentes velocidades em diferentes instantes - uma vez que a sua órbita à volta da Terra é elíptica. Hipparchus, o maior astrónomo Grego da antiguidade, descreveu esta anomalia lunar no segundo século A.C. e deduz-se que poderá ter tido algum papel no design do mecanismo.Todos os conhecedores do assunto concordam que tal engenho não pode ser único, tendo provavelmente demorado várias gerações a aperfeiçoá-lo até este ponto. De facto, existem referências em textos da antiguidade a mecanismos semelhantes, mas onde estarão eles? Uma hipótese é terem encontrado o seu destino na mão de saqueadores que, sendo incapazes de apreciar o seu valor, os derreteram pelo valor do metal.
Na Grécia antiga este tipo de instrumento poderia ter sido utilizado para diversão das classes mais cultas sendo considerado uma peça de prestígio. Os Gregos pareciam mais interessados em desenvolver tecnologia para demonstrar princípios filosóficos, do que em desenvolvê-la para assuntos mais práticos. Sabe-se que havia na Grécia antiga mecanismos que funcionavam com vapor de água, ar quente e engrenagens, mas os nossos antepassados nunca demonstraram interesse em transformá-los num motor a vapor.
Nos séculos seguintes à data estimada de construção do Mecanismo de Antikythera, começaram a aparecer engrenagens com oito rodas dentadas que conseguiam descrever o movimento do sol e da lua, mas só no século XIV, com o aparecimento da relojoaria, é que voltou a aparecer algo de sofisticação semelhante.
Perante estas descobertas deveremos perguntar, o que mais conseguiam fazer os nossos antepassados? Conquistas tecnológicas brilhantes como esta poderão não ter deixado vestígios até aos nossos dias.


A nossa capacidade intelectual não difere em nada dos gregos de há 2000 anos. A nossa grande valia é podermos trabalhar em cima dos conhecimentos adquiridos por sucessivas gerações e este achado demonstra exactamente isso. Se cada geração tivesse de voltar a descobrir a roda, nunca seriamos capazes de fazer sequer uma bicicleta.

VÍDEO (((O MECANISMO DE ANTIKYTHERA))):
VÍDEO DO YOUTUBE, NO LINK: http://www.youtube.com/watch?v=1Pkh7dX7Adc

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