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sexta-feira, 8 de julho de 2011

O GÊNERO DE FICÇÃO CIENTÍFICA CYBERPUNK.

ILUSTRAÇÃO COLETADA DA INTERNET E NÃO É DE MINHA AUTORIA.

Artigos de Braulio Tavares em sua coluna diária no "Jornal da Paraíba" (Campina Grande-PB).

A FC “cyberpunk” surgiu na década de 1980, tendo como deflagradores William Gibson com o romance Neuromancer (1984) e Bruce Sterling com a antologia Mirrorshades (1986), que definiu o perfil do movimento. A palavra, criada por Bruce Bethke, foi logo assimilada por autores que se identificavam com seu conceito básico: “high tech and low life”, “alta tecnologia e baixa classe social”. As histórias cyberpunk lidam com personagens marginais, solitários e cínicos (o lado punk) num ambiente onde a cibernética e a informática controlam tudo, inclusive os corpos e cérebros humanos.

Uma típica história cyberpunk (tão típica que esta fórmula já se diluiu em clichê) mostra um indivíduo desajustado e sem rumo sendo contratado por uma megacorporação que precisa dos seus talentos para obter algum tipo de lucro. Ele usa cabos, fios, etc. para conectar seu cérebro ao “ciberespaço”, o espaço virtual formado para conexão simultânea de todos os grandes bancos de dados, nos quais ele se infiltra como um mergulhador penetrando em vastas estruturas submarinas.

O título Neuromancer de Gibson pode ser lido como uma variante de “necromancer”, necromante, o feiticeiro que adivinha o futuro através da invocação do espírito dos mortos. O elemento “necro” (=morte) vira “neuro” (=nervos, fibras). A antevisão do futuro não se dá aqui através do contato com o sobrenatural, mas do contato entre os neurônios do ser humano e as fibras ou cabos da máquina cibernética a que ele está plugado. O neuromante põe seu cérebro em contato com o cérebro cibernético do mundo, com esse novo Sobrenatural criado pelas máquinas, e que substitui o plano do espírito.

Por outro lado, o termo pode ser lido como “new romance”, um novo romance ou nova encarnação do Romantismo literário dos séculos 18-19. Existe na literatura cyberpunk algo do romantismo de Byron, Shelley e outros poetas que flertavam com a morte e o sobrenatural, e que se deleitavam com seu papel de marginais numa sociedade materialista, cautelosa, mesquinha, refratária ao sonho e à imaginação, além de inimiga do individualismo. A palavra “romance” tem em inglês conotações que não tem em português; está mais ligada a obras de características imaginativas, não realistas, e o realismo é cultivado através da novela (“novel”). O título do primeiro livro de Gibson já traz em si uma proposta estética, a criação de um novo gênero.

Os romances “cyberpunk” de Gibson adotaram em muitos casos o tipo de narrativa distanciada e irônica dos detetives do romance policial “noir” (também usada em filmes como Blade Runner). Seus heróis são marginais, descrentes, apaixonados por tecnologia, deslumbrados com a possibilidade de conexão total. E são uma espécie de bruxos: indivíduos com o inexplicável poder de perceber intuitivamente, no meio do caos e do excesso de informações, o que é relevante. Tal como os adivinhos da antiguidade, o neuromante sabe, mas não sabe como veio a saber.

(MATÉRIA AUTORIZADA AQUI NO "BLOG DO BIOJARLA", PELO PRÓPRIO ESCRITOR DESTE ARTIGO, O BRAULIO TAVARES).

2 comentários:

  1. Valeu! Obrigado pela divulgação. Fique à vontade para transcrever outros artigos, dando o crédito do "Jornal da Paraíba" (que me paga para escrevê-los) e do Mundo Fantasmo (onde estão arquivados). Grande abraço.

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  2. Vlw Braulio,obrigado por me mandar a resposta, abração.

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